Relativismo leva à tolerância, não à liberdade religiosa

Representante vaticano reflete sobre a perseguição aos cristãos

ROMA, quinta-feira, 15 de setembro de 2011 (ZENIT.org)

– O secretário para as relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti, afirmou que o relativismo que impera no Ocidente não leva à liberdade religiosa, mas a uma “tolerância hostil”.

Ele o afirmou em um discurso pronunciado durante a cúpula, do último dia 12 de setembro em Roma, da Organização para a Cooperação e a Segurança na Europa (OSCE), sobre a discriminação dos cristãos.

O arcebispo recordou que, em sua mensagem para o Dia Mundial da Paz, o Papa Bento XVI já advertiu que os cristãos “constituem o grupo religioso que sofre mais perseguição por causa da sua fé”.

O prelado reconheceu que a maior parte dos crimes de ódio contra os cristãos acontece fora da área das OSCE, mas afirmou que há “sinais preocupantes” também na Europa. Citou, neste sentido, um informe do Escritório para as Instituições Democráticas e os Direitos Humanos (ODIHR), que “oferece uma prova irrefutável de uma crescente intolerância contra os cristãos”.

Dom Mamberti explicou que a promoção e a consolidação da liberdade religiosa estão no centro da prevenção desse tipo de crime.

“A liberdade religiosa não pode se limitar à simples liberdade de culto, ainda que esta última seja, obviamente, uma parte importante dela – afirmou. Com o devido respeito pelos direitos de todos, a liberdade religiosa inclui, entre outros, o direito de pregar, educar, converter, contribuir para o discurso político e participar plenamente das atividades públicas.”

16/09/2011